domingo, 10 de julho de 2011

Crianças Maldosas e Boas



Comportamento Humano: Crianças maldosas e boas **copiam** o comportamento da  mãe, pai de alguma pessoa que conviveu com elas **massa energética familiar**.   – 10.07.2011
Por Verônica Böhme


Quando veio aquele sentimento pontudo e súbito sinalizando e nomeando o que vira naquele menina de 4 anos, por segundos duvidei da minha percepção. Foi tudo ao mesmo tempo, a irmã a denunciando na minha presença e eu olhando para ela constatando seus olhos de confissão e maldade. Não podia ser verdade. Sensação de um devaneio, de delírios infantis de febre. No entanto, reagi imediatamente me dirigindo a palavra a ela e já afirmando que isso era...disse algo entre “você disse isso?; isso é mentira, uma mentira muito maldosa, perigosa”. Ela nem piscou. Fiquei indefesa e logo saí fingindo ter vencido e não estar nem aí. A verdade que certamente ela percebeu, sentimentos não se escondem, era que ela estava mais para vitoriosa e dona do poder do que eu. Mas, fiz o ponto, me coloquei e isso era um grande passo na minha evolução pessoal. Estava satisfeita.


Eu nem tinha argumentos, o que dizer; por momentos acreditei que estava mesmo tendo uma falha de compreensão até porque dias atrás, uns 3 somente, eu havia dito a proprietária que havia desistido do filho dela de 11 anos. Eu tentara ensinar bons modos, ele de propósito colocava a boca dele diante do meu rosto e comia de boca cheia para me provocar, cuspia pela janela do quarto dele justamente para alcançar o meu quarto que ficava abaixo do dele. Levei ele na lanhouse para dar espaço para as ideias dele de fazer carros, ele me contava suas invenções, e como limpar o rio Tiête da cidade de onde eu viera: tudo para me manipular, me vender imagens bonitas de uma inteligência doente e maldosa. Na lanhouse ficava impaciente, me provocava, me irritava no final, ficamos somente uns 10 minutos. Difícil aceitar para mim. Como comentar com a mãe dele, que eu havia dito que “Ele não significa nada para mim, absolutamente nada, acho que ele não sabe, quis contribuir, não quer? Ele não é nada, ele acha que é algo para mim? Está enganado. Ele é zero.” Estava com raiva mesmo e fiquei surpresa que a mãe reagiu bem. Comentar com ela, todos nós morávamos no mesmo terreno, que a filha da inquilina dela de 4 anos era maldoso pareceria que havia algo de errado comigo...porém confiando nas minhas percepções confirmadas por anos comentei levemente com ela, e para meu espanto ela confirmou: “Ela é maldosa mesmo.” Bingo! *certo dia ela me viu chegando e virou o rosto e colocou a mão no caminho da escada impedindo minha passagem, tanta estratégia, maldade, e não ter vida própria precisando estragar e atrapalhar a dos outros não era possível num ser que nem sequer ainda estava socializado.
O comportamento humano devido ao local

Era muito estranho duas crianças maldosas em um espaço geométrico tão pequeno. Decidi melhor entender o local e descobri que a maior parte dos terrenos naquela região foram invadidos, existem terrenos chamados de pose (roubados) que são vendidos legalmente. Era algo totalmente maluco, você rouba e depois vende legalmente! Que tipo de pessoas, de personalidade dos moradores de onde local fundado assim pode ter?

Nesse mesmo período vi o lançamento de um livro Histórias Íntimas, da historiadora, Mary Del Priore, que tratava da sociedade hipócrita, a dupla moral, que existia aqui no Brasil (entre séculos XVI e XVII) homens europeus casados que tinham uma amante e uma fileira de filhos (os bastardos) formando uma característica crucial do pais; aqui nessa região as pessoas tem duplos comportamentos de maneira assustadora: existem três homens casados se fingindo de potenciais divorciados, um deles me ofereceu emprego, outro uma casa grande em outro estado, e o terceiro somente que ele a esposa tem vidas separadas, “Cada um faz o que quer”, isso quando ela não está presente quando ela está presente ele diz que “ela é o patrão e nem me olha direito”, é de uma falsidade, falta de respeito comigo e com ela, (na verdade constatei que as mulheres conhecem o comportamento dos maridos, aceitam, são coniventes, então não é de se espantar que as crianças saiam como os país. Pessoas prometem coisas não cumprem, e fingem que nem trataram desse assunto com você, faltam em compromissos e inventam outros que não existiram querendo culpar você de que não apareceu.

Por outro lado, existem crianças de 11anos, tenho dois casos, que a bondade é de espantar diante do pai que tem – com cautela descobrimos que a mãe é pessoa do bem – mas em casos que a criança é presa de uma mãe, estressada, humilhada, sobrecarregada (inclusive o irmão se aproveita de ser mais jovem, 6 anos,s e aproveita para dar chutes no rosto do irmão de 11, fazer maldades com ele, enquanto a mãe não vê – eu vi com meus próprios olhos!) e que faz do filho um saco de pancadas e um escravo pedindo isso ou aquilo o tempo todo, a criança tem a lucidez que algo está errado, que está sendo injustiçada apesar do tamanho do inimigo, das surras e das ameaças. A inteligência e ser uma boa pessoa apesar de todas as humilhações e coisas incoerentes, comportamentos e falas, e maldades escapa (me vejo um pouco assim também mas no meu caso encontro justificativas, não cai do céu).


relendo em 12 de outubro de 2017. Verônica Böhme



Atualizado por ~Bia Meneli




Verônica Böhme
Física, escritora, poeta, arte, mestrado em epistemologia da ciência, secretária executiva em multinacionais, estudou psicologia, sociologia e teologia. Transformadora pessoal e mobilizadora social. Fala francês, espanhol inglês. Ações reais com base no Respeitalismo no social, pessoal...meio ambiente...muito mais!! - **Antes havia preconceito com mulheres inteligentes, que sabem rir, se divertir e que tinham vários talentos...isso está mudando também**, século XXI.
Instragam:@veronicabohme



Instituto Verônica Böhme / Coletivo Verônica Böhme