quarta-feira, 20 de outubro de 2021

União e mobilizaçâo das mulheres das periferias da cidade de

 "Vi uma mobilização e união incrível das mulheres da periferia da cidade de São Paulo e do Brasil: a pandemia só ajudou."

Na pandemia do Covid o tiro saíu pela culatra e no lugar de separar uniu e mobilizou as mulheres: para expor a viiolência doméstica e tomar atitudes e ações para resolvê-la (falar, denunciar, proteger), a fome, o excesso de trabalho das tarefas domésticas ainda não reconhecidas, as conversas sobre a falta dos homens no cuidado dos filhos, da casa e agora do emprego. Elas soltam o ar reprimido de todos esses temas e se uniram para criar soluções: a União de Moradia de Movimentos Populares na distribuição de cestas básicas (mas já conscientes que a falsa propaganda da diferença entre a real necessidade de cestas para sobrevivência e números que parecem "grandes" mas só alimentam famílias por  1 mês), denunciar mais e mais os casos de violência doméstica e exploração de meninas sexualmente e no trabalho doméstico (casamentos de fachada com homens mais velhos), e como elas têm que se unir, redes de apoio entre elas, para cuidar das filhas e filhos tudo isso via internet, as lifes, (a famosa...comunicação) que permitiram unir as mulheres de várias cidades do Brasil. Isso foi incrível. 

O "Nós mulheres da periferia", da cidade de São Paulo, conta no Instagram, "quem trabalha para você trabalhar?", mostra a velho e antigo comportamento nefasto, cruel, perverso e escravocrata: do pião de obra para o senador são as mulheres que cuidam da comida, da roupa, da higiene da casa, que sem esse trabalho das mulheres eles, os homens, não conseguiriam trabalhar (reler aqui). Porém, esse trabalho das mulheres "não é visto", não é pago, (dinheiro) não é valorizado. Num dos cartazes da jovens mulheres da América Latina eu li: "O que você chama de amor é trabalho escravo", disse tudo.

As coladoras da França, e de outros países principalmente da Europa, gritam com seus cartazes e frases curtas que também denunciam e se unem contra essa doença, esse vírus chamado machismo, patriarcado que fica solidificado, aproximadamente 6.000 atrás, com o surgimento da guerra institucionalizada: faraós, imperadores, reis que via violência assassinaram a alma das pessoas e principalmente das mulheres, pois digam o que digam, o núcleo verdadeiro, a base de funcionamento da nossa sociedade começa com a realização do trabalho DENTRO da casa, da caverna, da casinha de sapê: é limpar o cocô do bebê, fazer o bebê dormir, cuidar para que ela/ele não mora em quedas, asfixiado; é comer no período da manhã, ter sua manta, roupa limpa para usar (lavar a roupa) para sair para trabalhar, e na volta ter um lugar para se deitar (que tem lençóis para lavar, cama para arrumar, quarto para varrer) e se possível algo para comer (de novo alguém tem que cozinhar e são as mulheres em maioria imensa). Além da mulher fazer todo o trabalho real de sobrevivência e de manter a vida viva da nossa espécie, elas são tratadas como seres inferiores, espancadas, humilhadas, estupradas, prostituídas e as coladoras entram firmemente na denúncia dos feminicídios e na informação dos telefones de acolhimento, como o direito ao aborto e o respeito ao corpo da mulher. A discussão do aborto tem que passar - primeiro - por ensinar os meninos-homens que fazer sexo pode engravidar uma garota, mulher e engravidar uma mulher que não quer se engravidada isso sim deve ser crime: porque abandonar bebês e crianças sem cuidados é crime, porque justamente sem cuidados diários elas morrem: responsabilizar o sexo masculino pela gravidez. Por outro lado, se a feminina está grávida - e é ela quem está grávida: o corpo dela, a mente dela - a decisão é única e pessoal se ela quer ou não fazer o aborto. A mulher decide isso é o "óbvio".

Fiz a ação nas Praças Rosas da cidade de São Paulo de 01.10.2017 à agosto de 2021 com o objetivo de mostrar "que somos nós quem fazemos a sociedade, que podemos e devemos tomar as atitudes": primeiro foi limpar as praças, depois plantar, valorizar a agricultura (nossa sobrevivência), fazer hortas por regiões na cidade de São Paulo e em várias regiões do Brasil, do mundo!; e os valores de acolhimento, carinho e "e respeitalisme", pois já se respeitando as pessoas por apenas serem pessoas já se resolve muita coisa e a 'ajuda' e "solidariedade" já estão incluídas no Respeitalisme. Despertar e remotivar a união das mulheres foi um dos objetivos da ação das Praças Rosas da cidade de São Paulo, Coletive Verônica Böhme: devolver o respeito, o valor e a dignidade da mulher. Rosa pela cor rosa ser um 'símbolo' internacional de comunicação entre as mulheres.

Quilombolas, mulheres negras, mulheres nordestinas, indianas, chinesas, tailandesas (ter claro que quem faz as prostitutas SEMPRE foram os homens, loja sem cliente fecha), e sim as mulheres ricas e famosas que também são alvos do machismo e patriarcado e não podem escravizar as outras mulheres pois desse modo estão contribuindo com a continuidade do machismo e do patriarcado que é também contra elas.

Existem pessoas boas e pessoas más seja do sexo masculino como feminino e muitos homens, são também escravizados, explorados e roubados de suas mães, desde Esparta antiga, Império Otomano, Roma antiga, para fazerem guerra, matar e morrer por uma causa que não é deles (falo das guerras institucionalizadas), no entanto, é inegável que o maior "pisamento" é feito sobre as mulheres, sobre a sexa feminina e devolvendo o respeito, o valor e a dignidade da mulher, nós temos que buscar, a sociedade como um todo se transformará para mais lucidez na relações entre as pessoas: lucidez é respeito. Se saí do vício da guerra - não tem tempo para guerra tem muito trabalho real e diário dentro de uma casa no cuidar de pessoas, doentes e idosos - (se a vacina parece que sozinha salvou a nós do COVID-19, foram as enfermeiras, as mulheres que aplicaram a vacina: ter isso claro), sair do vício da civilização 'preguiçosa-nefasta' de 'não quero fazer esse trabalho e vou empurrar para outra pessoa fazer', sair do vício de não tenho esse material (ou água, ou terra) e vou roubar de outros países e começar e pensar juntas e juntos em novas soluções mais saudáveis para mais e mais pessoas, países, regiões, povos.

Fácil se esconder atrás da arte, de ser um líder religioso, ser senador, filósofo, juiz, legislador, empresário quando 'bem no final' de tudo, na base de tudo se empurra para as mulheres cuidarem da vida real e diária. Chega de tanta crueldade, maldade e achar que é normal. É preciso reeducar os meninos-homens, ricos e pobres, a lavar o copo que usou na cozinha, a varrer o chão, a lavar a roupa, tirar o pó dos livros e da estantes, cozinhar, limpar bumbum de bebés, levar as crianças para a escola, ajudar nas lições de casa (das filhas e filhos), levar bebés e crianças e doentes e idosos ao médico (precisa de tempo, de alguém para acompanhar)...sim é muita coisa mesmo, né? Assustador como as mulheres são OBRIGADAS a fazer isso sozinhas. É preciso portanto mudar os horários de trabalho da sociedade, tempo para o trabalho externo e do trabalho interno para as mulheres adquirirem confiança em si mesma que se já fazem todo o trabalho de sustentar a vida real, fazer arte, filosofia, ser senadora, juíza, empresária, médica é algo que tem apenas que se dedicar e para isso sobrar tempo e se livrar das bolas de ferro das tarefas domésticas e dos cuidados com filhas e filhos, doentes, idosos. Mulheres unidas no mundo inteiro. Revolução Rosa começa agora e já dentro da casa de cada pessoa. 


Verônica Böhme, 20/10/2021.




terça-feira, 28 de setembro de 2021

sábado, 4 de setembro de 2021

Praça Rosa número 10, Mulheres na Política (respeitalista)

 "E Coletive Verônica Böhme" fez o primeiro contato com essa Praça em 09/08/2021. 

Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
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Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme

Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Como nas outras praças que atuamos, a terra dessa praça está totalmente desnutrida. 
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme
Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme

Fotos: 09/08/2021 por Verônica Böhme 

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23/08/2021

23/08/2021
Fotos 23/08/2021.


23/08/2021


23/08/2021

23/08/2021

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Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)
Foto 15/08/2021 (sim anterior)

Foto 15/08/2021 (sim anterior)



Fotos de 01/09/2021


Fotos de 01/09/2021


Fotos de 01/09/2021



Fotos de 01/09/2021


Fotos de 01/09/2021


Fotos de 01/09/2021












Fotos de 01/09/2021



Fotos de 01/09/2021



Fotos de 01/09/2021


Fotos de 01/09/2021


Fotos de 01/09/2021



Fotos de 01/09/2021


Fotos de 01/09/2021




Fotos de 01/09/2021


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